Mariangela Ribeiro
Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil tem que ser tema do dia-a-dia.

No calendário anual, o dia 3 de junho destaca a importância do tema e a responsabilidade de todos na qualidade de vida dos pequenos. A obesidade na infância e na adolescência cresce e, a cada ano, atinge crianças com idades mais tenras. O estudo encomendado pelo Ministério da Saúde mostrou que uma em cada 10 crianças brasileiras com até 5 anos está com o peso acima do ideal: 7% com sobrepeso e 3% já com obesidade. O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani-2019), coordenado pelo Instituto de Nutrição Josué de Castro, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indica que um quinto das crianças (18,6%) na mesma faixa etária estão em uma zona de risco de sobrepeso.
Para entender um pouco mais, fomos conversar com a Dra.Carmen Banho, pediatra, em São Paulo:
Os números crescem diariamente nas incidências de diabetes tipo 2 e hipertensão entre as crianças. O tempo sem nenhuma atividade física e os hábitos agravados na pandemia, são responsáveis por estes índices. Alimentação irregular, falta de recursos financeiros, conhecimento, são causas diversas e, que não são modificadas, sem ações interdisciplinares e políticas públicas. Atividade física é fundamental em qualquer fase da vida, principalmente nessa de crescimento e desenvolvimento. Se coletiva ou individual, a prática esportiva interfere nesse quadro. Diz Carmen

A opinião da médica é referendada pelo psicólogo do esporte e diretor da Associação Educacional de Desenvolvimento Esportivo e Cultural - AEDEC, Yghor Gomes.
Temos que pensar na obesidade como uma doença crônica, visando principalmente a melhoria da qualidade de vida de quem sofre com ela. Tentar incluir a atividade física, e, ao mesmo tempo, reduzir drasticamente o volume de alimento consumido, pode ser mais um fracasso na tentativa de reverter o quadro. O fato é: a cada treino, a fome aumenta. Ninguém troca do nada, a bolacha pelo alface. Por este motivo, é que se faz necessário um trabalho multidisciplinar, com o apoio do preparador físico, acompanhamento nutricional e com o suporte psicológico, a mudança acontece. Mas não podemos esquecer que tudo isso também tem influência, nos ambientes social, familiar. Ali está quem provem e prepara o alimento em casa. Chama atenção, o psicólogo
E completa:
A AEDEC vem trabalhando em vários projetos sociais e esportivos na região do Triângulo Mineiro. Oferece turmas de basquete, nas escolas públicas de Uberlândia e Araxá, projeto Cesta na Educação; futsal, natação e judô, em Tupaciguara, projeto Energia que transforma. Organiza campeonatos da Liga de Basquete do Triângulo, com participação ativa de crianças e adolescentes, e interage com a comunidade regional. E este tema também pauta os debates dos projetos.

A conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil e o combate, precisam ser multidisciplinares. A AEDEC coloca este debate no dia-a-dia e apoia atividades de entidades. A luta não é só no dia 3 de junho, é contínua! Por isso, escolhemos esta pauta para o primeiro artigo do blog do site. E separamos algumas informações sobre o tema que voltaraemos a abordar. Que tal?
Anote aí:
Obesidade pode provocar surgimento de vários problemas de saúde, até má formação do esqueleto;
8 a cada 10 adolescentes obesos, continuam assim na fase adulta;
Fatores de ganhos como: hábitos alimentares errados, alimentos super processados, inclinação genética, estilo de vida sedentário, distúrbios psicológicos, problemas de convivência familiar, ansiedade…
A relação com o pai interfere na baixa adesão às atividades físicas?
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